A vida vem em ondas como o mar…num indo e vindo infinito[i].


Continuando com a perspectiva das “ligações perigosas” das quais tratamos em post anterior, gostaríamos de pensar um pouco sobre a realidade que o mercado deve nos trazer em 2017. Estamos todos inseridos hoje em um caldo borbulhante de transformações profundas, hora parece desafiador, hora parece que estamos todos correndo atrás de nossos próprios rabos, como meus companheiros caninos de todas as horas.

2016 foi um ano difícil e pelo tempo que foi destinado à queima de fogos na virada do ano, pelo menos aqui em São Paulo, não fui somente eu que disse feliz adeus a um ano de profundas transformações e perdas difíceis. Que possamos ter aprendido com o que vivenciamos.

Quanto ao mercado de marketing e comunicação. Transparência sempre foi o desejo de todos os players deste mercado e a falta de confiança tem se acumulado ao longo dos anos de vacas gordas, onde era mais fácil a camuflagem de resultados de pesquisa, métricas mal dimensionadas e resultados pouco convincentes. O cabo de guerra sempre existiu entre os players e as maiores forças acabam ganhando terreno à custa das menores forças. Estamos todos sentindo o colapso.

Dificuldades e desafios que antes afetavam uma parte em detrimento a outra, parecem ter crescido a ponto de envolver todas as partes: anunciantes, agências, produtoras e profissionais de comunicação e marketing. Estamos todos sofrendo com as mudanças do mercado e, aparentemente, ou sobreviveremos juntos ou afundaremos juntos!

O aspecto positivo do momento que estamos vivendo, chama-se conscientização e, talvez, maturidade. Todos os principais mercados mundiais estão saturados, a pressão por resultados é constante, questionam-se bonificações e cartas marcadas em concorrências lícitas ou ilícitas, a politicagem vem dando cada vez mais arrepios em todos os envolvidos. Queremos transparência e honestidade em todos os níveis (começando por nós mesmos, certo?!).

Será que estamos prontos para atender à nossa própria demanda?

Abrimos o ano trazendo esta reflexão inspirada em diversos textos e artigos lidos ao longo de 2016, cafezinhos e conversas de corredor: estamos realmente dispostos a atuar e a exigir que o mercado atue cada vez mais com maior transparência, clareza de discurso e verdade na prática? É possível que isso venha a ocorrer com anunciantes, agências, veículos, produtoras e todo o mercado da comunicação no Brasil e no mundo? Pelo menos é o que todos dizem querer.

Mudanças difíceis pelo simples fato de sermos humanos. Humanos são lentos em suas transformações pessoais. Mas, animem-se, dói, mas “assim caminha a humanidade, com passos de formiga e sem vontade”[i]!

Ótimo 2017 para todos os leitores do blog!


[i] Assim caminha a humanidade – Lulu Santos

[i] Como uma onda – Lulu Santos

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