Todo este movimento tem tomado grandes proporções envolvendo setores mais tradicionais como bancos, universidades e hospitais. O autor cita fintechs, edtechs e medtechs como exemplos de empresas líquidas, além de starups, que já nascem enxutas, 99Taxi, Google, Salesforce, Linkedin, que cresceram mas mantém a estrutura em rede e a flexibilidade e versatilidade.
A questão é…de que forma isto impacta o departamento de marketing e os profissionais de marketing?
Em teoria, marketing tem por essência o foco no consumidor, porém, o que antes estava restrito a um departamento e suas ações de relacionamento com os consumidores, expandiu-se até tomar toda a organização. Para que uma empresa realmente consiga estabelecer uma relação com seu público alvo de forma a construir valor, visando fidelidade e perenidade, o conceito de foco no consumidor deve permear toda a organização, sem exceções, da portaria ao CEO, de compras a call center. Nada é mais “coisa do marketing” tudo virou coisa de todos.
Por pressão da sociedade civil, tecnologia e, especialmente, pelas mudanças no processo de consumo, as empresas estão, de fato, sendo compelidas a mudar sua forma de fazer negócios. Estão sendo forçadas a assumir práticas de responsabilidade social corporativa, buscar a sustentabilidade da empresa com relação a todos os recursos, humanos e naturais. E todo esse escopo é de responsabilidade de todos.
Empresas líquidas, mais ágeis, com foco na construção de relacionamento e em plena transformação digital são impactadas em todos os níveis, daí a importância de entender que não existe mais essa “coisa do marketing”. Pelo menos não se a empresa tem objetivo de perenizar-se ao longo dos anos de forma lucrativa, social e ambientalmente responsável, de forma competitiva e auferir lucros financeiros e sociais no processo.