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Frases, poesias, textos e vídeos com foco em autoconhecimento, autodesenvolvimento e reforma íntima. Espaço para reflexão e sementes que possam germinar a fé e o amor em nossos corações, de cunho espiritualista, sem ligação com qualquer religião

Chove. Uma chuva necessária para limpar o ar, encher os reservatórios, aguar as plantas. Aqui, necessária também para o gado e para alimentar as inúmeras nascentes.

Esse é o ciclo por aqui: meses de seca intensa, “baita poerão”, onde os pastos ficam marrom claro, as nascentes com um fiozinho de água, a vegetação rareia, as casas e os carros empoeirados. Depois, chuva intensa, chegou a chover três meses direto, o verde retorna com força, a grama cresce que nem doida de uma semana para a outra, os rios ficam caudalosos e barrentos, as nascentes se renovam.

Há que ter paciência de aguardar os ciclos, pois tudo na natureza tem seu tempo mas, o “bichinho” da pressa ainda mora dentro de mim. Sabe aquela ânsia de querer as coisas acontecendo? Onde uma tarde de primavera, com chuva caindo fininha e lenta parece se estender infinitamente?

Pois é…acho que uma vida na cidade faz isso com a gente: perdemos a conexão com o tempo da vida para viver apenas o tempo da cidade, que tem pressa, muita pressa.

Pressa nem sei de quê, na verdade, mas tem pressa. Depois de três anos ainda carrego essa pressa interior, de chegar não sei onde o mais rápido possível, de ter o dia cheio de afazeres e estranhar quando não há nada “programado” para hoje.

Mas insisto, me obrigo a ficar na cadeira da varanda com uma xícara de chá na mão, só olhando a chuva cair, sentindo o frescor do dia e olhar as nuvens que seguem, sem pressa.

Vez ou outra o coração ainda acelera e tem pressa, pressa de quê pergunto eu, eu quero mais é não ter pressa de viver. Ter pressa de viver é ter pressa de morrer. Prefiro ficar por aqui mais um tempinho.

Mais uma da Mali (Maria Alice). Como gosta de fazer amigos. Ela sempre dá um jeito de fugir através de qualquer microburaco da cerca (e olha que ela é bem grandinha), apenas para brincar com os cachorros da rua. Tem a princesa, criancinha ainda, branca e preta, uma fofura. Tem o caramelo do vizinho de cima, que ela chama para brincar.

Esta semana, mais dois cachorros se juntaram a eles. Tem o Thor, pitbull da vizinha, um amorzinho. E assim, todos juntos ficam andando para cima e para baixo na rua, explorando, buscando ossos enterrados e tudo o mais que puderem encontram (nem sempre volta coisa boa).

Aqui é roça. Tem perigos: cobra, ser atropelada por um trator, levar coice de cavalo ou de boi, ser levada embora por um turista que se encante com a carinha linda dela. Mas, são os desafios deste canto de mundo, e a vida é assim mesmo, não é? Com seus múltiplos desafios.

Eles chegam para nós inocentes, brincalhões, os educamos com todo amor, damos as vacinas necessárias, comida de qualidade e uma cama gostosa para dormir. Muito amor. Eles crescem e querem ganhar o mundo, se aventuram, escapam às vezes, e procuramos sempre trazê-los de volta, de preferência, sãos e salvos. Mas é impossível prender para sempre, certo? Eles crescem e passam a saber exatamente o que querem de sua própria vida e, o que é melhor: por terem tido espaço para arriscar, sair, viver e conhecer o mundo, são mais capazes de cuidar de si. E assim, olhamos orgulhosas para suas conquistas.

Este texto não é sobre cachorros.


Um par de botinas e, hoje, um allstar infantil, novinho. Maria Alice aprontando novamente. 01:44 h da manhã e eu saindo, de camisola, para buscar ela na rua (sorte que aqui tem poucos vizinhos). Bichinha teimosa!

R$ 100 de prejuízo para a vizinha comprar um tênis novo para a filha dela e a Maria Alice de colar, sabe aqueles que usamos quando o cachorro está machucado, pois é, único jeito que encontrei para ela não passar debaixo da cerca. Cachorro amarrado NUNCA. Resolveu? Em experiência ainda.

Não sei se ela compreende o “castigo” de estar com o colar. Dá dó olhar a carinha dela, deprimida. Veio pedindo colo, colocando a cabeça em meu colo, toda dengosa. Educar é um desafio, seja filhos, cachorros, alunos.

Logo ela estará livre do colar, será que vai compreender que não é pra bater patas por aí e comer o tênis da vizinha, a botina e matar a galinha? Não sei.

Depois eu conto.

Maria Alice tá aprontando de novo. O quintal da casa onde moro é cercado de alambrado, fizemos isso por causa dos cachorros, para evitar que fiquem circulando. Mas, nada impede a Maria Alice de escapar, ela fuça até achar uma brechinha e se esgueira, sorrateira, para fora.

Sua maior amiguinha é a princesa, pequena cachorrinha da vizinha, quase bebê ainda, e as duas sumiram esta semana, batendo patas por aí. Nestas escapadas, volta de tudo para casa: ossos velhos, papelão, galhos e, hoje, um par de botas, acredita? Além de escapar a Maria Alice foi roubar as botas da vizinha!

É uma cachorrinha cheia de energia, carinhosa, brincalhona e muito arteira. Tem ânsia de liberdade, está na adolescência e é rebelde. Tem desejo de explorar, ser livre, fazer o que lhe der na telha. De repente, até dá inveja desta liberdade. Sair sem destino apenas para explorar o mundo.

Não importa se chegaremos machucados, sujos, fedendo a estrume de vaca, o que importa é que estaremos livres, explorando o mundo, vivendo. E na volta, traremos coisas legais como brinquedos e botas, mas também coisas não muito legais como ossos velhos e passarinhos mortos.

Talvez esta reflexão não tenha nada a ver com a Maria Alice.

A chuva cai suave no telhado e os pássaros fazem algazarra comemorando o tempo mais fresco. A névoa se espalha e cobre o topo da montanha. É um clima que eu adoro, me dá a sensação de aconchego e acolhimento, só não há fogão a lenha crepitando porque está quente.

O inconveniente disso tudo são seis cachorros correndo para todos os lados, entre o gramado ralo pela seca que ainda persiste, entre os trechos de puro barro que a chuva breve deixou no solo ávido por água e vida.

Mas, é claro, que entre roupas sempre sujas de patas e a ausência destes queridos amigos, prefiro as roupas sujas, a botina meio comida e os buracos no quintal. Esse amor é especial, incondicional e preenche a alma de carinho.

Prefiro bicho que gente, alguém disse isso alguma vez. Na verdade, gosto de gente. Gente grande, pequena, de todas as cores, amo ouvir histórias e conhecer as dores e amores dos seres humanos, sou é mesmo curiosa da natureza humana.

O silêncio permanece às nove horas da manhã, um cachorro late vez ou outra e o barulho maior é dos pássaros mesmo. Já pensou na preciosidade que é o silêncio? Silêncio é um desafio imenso, porque nos obrigada a encarar a solidão ou a solitude, dependendo de como cada um encara sua própria companhia.

Coloco uma playlist do spotify para quebrar o silêncio, não porque sinta solidão, mas porque, vez ou outra, minha alma precisa do som de outros tempos, outras vidas que ficaram em algum lugar desta jornada. Ou então, coloco aquelas músicas que são, para mim, pessoas.

Sabe aquela música que te lembra integralmente alguém que você ama, uma amiga querida, os pais talvez. Então, assim como quem não quer nada, a não ser sentir o fluxo do sentimento, brinco de compartilhar (graças à internet) cada música para cada pessoa querida e, por alguns instantes, estamos juntos, conectados em um lugar além do espaço e do tempo, como quem diz:

“Lembrei de você e quero dizer que amo sua presença em minha vida”.

Maria Alice detonou com a minha botina, cachorrinha apimentada essa, parece criança, se está em silêncio, está fazendo arte.
Amanheceu claro hoje, parece que vai chover, estamos precisando mesmo, as queimadas estão judiando dos pastos e o risco do fogo se alastrar nas propriedades é real.
Não temos brigada de incêndio, esta semana foi preciso chamar a comunidade e pedir ajuda da prefeitura para apagar um foco grande de incêndio na propriedade vizinha. Mesmo com todo este risco, ainda há pessoas que se utilizam do fogo para queimar lixo.
Quem vem de uma cidade grande conhece muitos dos problemas sociais e ambientais que vivemos, porém, ao chegar aqui, entendemos que as providências são claras, embora não simples, mas exigem vontade, tanto da comunidade quanto do poder público.
O tempo passa lento por aqui, ouço os pássaros fazendo algazarra lá fora e penso nas providências a serem tomadas com o objetivo de preservação, tanto do silêncio, quanto da natureza em si.
Almejar as coisas boas que a modernidade nos trás, como internet, eletricidade e saúde mais próxima de todos e, ao mesmo tempo, preservar a natureza. Grande desafio.
Quem está aqui desconhece os problemas metropolitanos. Quem é da metrópole desconhece as carências locais.

A chuva cai suave no telhado e os pássaros fazem algazarra comemorando o tempo mais fresco. A névoa se espalha e cobre o topo da montanha. É um clima que eu adoro, me dá a sensação de aconchego e acolhimento, só não há fogão a lenha crepitando porque está quente.

O inconveniente disso tudo são seis cachorros correndo para todos os lados, entre o gramado ralo pela seca que ainda persiste, entre os trechos de puro barro que a chuva breve deixou no solo ávido por água e vida.

Mas, é claro, que entre roupas sempre sujas de patas e a ausência destes queridos amigos, prefiro as roupas sujas, a botina meio comida e os buracos no quintal. Esse amor é especial, incondicional e preenche a alma de carinho.

Prefiro bicho que gente, alguém disse isso alguma vez. Na verdade, gosto de gente. Gente grande, pequena, de todas as cores, amo ouvir histórias e conhecer as dores e amores dos seres humanos, sou é mesmo curiosa da natureza humana.

O silêncio permanece às nove horas da manhã, um cachorro late vez ou outra e o barulho maior é dos pássaros mesmo. Já pensou na preciosidade que é o silêncio? Silêncio é um desafio imenso, porque nos obrigada a encarar a solidão ou a solitude, dependendo de como cada um encara sua própria companhia.

Coloco uma playlist do spotify para quebrar o silêncio, não porque sinta solidão, mas porque, vez ou outra, minha alma precisa do som de outros tempos, outras vidas que ficaram em algum lugar desta jornada. Ou então, coloco aquelas músicas que são, para mim, pessoas.

Sabe aquela música que te lembra integralmente alguém que você ama, uma amiga querida, os pais talvez. Então, assim como quem não quer nada, a não ser sentir o fluxo do sentimento, brinco de compartilhar (graças à internet) cada música para cada pessoa querida e, por alguns instantes, estamos juntos, conectados em um lugar além do espaço e do tempo, como quem diz:

“Lembrei de você e quero dizer que amo sua presença em minha vida”.

Humor é algo desafiador. Creio ser mais difícil de criar e fazer do que drama. Cresci com o stand up comedy politicamente incorreto de Ary Toledo (recentemente falecido) e Juca Chaves, cheio de preconceitos, machismo, racismo e outros ismos que pudermos pensar, faziam sucesso, porque a sociedade não se importava de reafirmar constantemente as velhas piadas baseadas em menosprezar minorias. Hoje, isso não tem graça nenhuma (nunca achei que tivesse, mas já ri com eles, sinto muito, não me orgulho disso, sou nascida em 1967, eram outros tempos).

Hoje, fazer humor é um desafio maior ainda. Fazer rir sem apelar e carregar de palavrões e expressões baixas, utilizando a fina observação do nosso cotidiano para que possamos rir de nós mesmos e de nossas próprias idiossincrasias. Poucos, na minha pequena e insignificante opinião a esse respeito, conseguem alcançar o objetivo.

Não sou fã de stand up comedy, mas como tenho duas filhas jovens, elas me convencem a assistir algumas coisas. Whinderson Nunes me agrada, às vezes pesa um pouco, mas gosto de como ele aborda o cotidiano e é capaz de nos fazer rir de nossas mazelas. @Afonso Padilha é outro cujo show agrada, “Gerações” é de chorar de rir olhando para a minha geração. E também, recentemente, o @Renato Albani.

O Renato Albani consegue fazer piada a partir de uma cirurgia de desvio de septo, amei, ri muito. Talvez você veja e não goste. Mas a questão é o desenvolvimento de um olhar atento para as coisas da vida que podem virar drama ou comédia.

Gosto muito também das jovens instagrams Lara Santana (https://lnkd.in/dBB3WMgR); Raiza Noah (https://lnkd.in/dKWWtUpK) e Jéssica Diniz (https://lnkd.in/dAcEKdMV).

Gosto de ver e saber que é possível um novo olhar sobre a vida, o mundo, nossas relações. Fico feliz em saber que, aos pouco, bem devagar, parece que estamos aprendendo a ser, um pouquinho melhores.

Será?

05:30 da manhã, relógio e vida chamam. Ainda lembro do desafio de levantar este horário. Morando na região da Vila Prudente e com aulas na Vila Olímpia, se não saísse de casa às 05:45 h chegava atrasada. Isso, contando conhecer todas as vias alternativas e com apoio incondicional da Sul América Trânsito. Lá se vão alguns anos.

Para mim, levantar este horário era um desafio, assim como para muitas pessoas. Levantar sem acordar o marido, trocar de roupa, muitas vezes, no escuro (já fui trabalhar com sapato diferente e com blusa do avesso), deixar as crianças dormindo para serem levadas para a escola pelo marido ou pela assistente do lar. Sair rápido com o dia escuro ainda. A maquiagem era feita no caminho, entre um semáforo e outro, ou no trânsito mesmo. Chegar a tempo de um café e um croassint (aquele do campus V.Olímpia era de primeira) e, então, o bom dia na sala dos professores.

Hoje, o horário das cinco e meia me pegou já acordada, em geral, é isso que ocorre, porque aqui durmo cedo, antes das dez. O amanhecer entra pela janela e os cachorros começam a se agitar com o raiar do dia. Os pássaros fazem muito barulho e os galos da vizinhança anunciam que está na hora de levantar. Os olhos se abrem suaves, sem pressa, sem trânsito, sem correria, só o fluir natural do ciclo circadiano.

Agradeço o novo dia. Os dias de cidade, barulho, trânsito e correria estão tão longe, mais na memória do que no tempo. Sinto saudades dos amigos, muitos. Agora me lembrei do Chicão, sempre sorrindo, sempre gentil. Dos amigos sinto falta. Da pessoa que era naqueles tempos, nem tanto.

Ontem choveu por aqui. A terra pede desesperada os pingos d’água capazes de baixar a poeira e trazer vida para a roça. Você já dormiu apenas ouvindo o barulho da chuva? É reconfortante, para mim pelo menos.

A Alasca, minha pastora da mantiqueira de seis anos, fica apavorada com os trovões. Seu lugar de proteção é embaixo da minha cama, para onde corre toda vez que ouve um barulho mais alto. Quando chove é uma loucura, é capaz de passar o dia debaixo da cama. Fico preocupada, levo comida e água, mas espero. Espero o tempo dela estar pronta para sair de lá.

Onde será que nos sentimos seguros ? (embaixo da cama não é, eu acho!) È bom ter um lugar para onde possamos correr, por minutos ou horas, abraçando nossa fragilidade e nos protegendo do mundo, até que nos sintamos mais fortes para continuar. Todos precisamos deste espaço para recompor nossas forças.

Um passeio no parque. Um banho demorado. Um café com aquela amiga querida. É o momento de nos acarinharmos com compaixão, sendo gentis conosco e com nossas vulnerabilidades. No ambiente corporativo, isso é visto, em geral, como fraqueza. Mas não há força sem momentos de vulnerabilidade. Tanto se fala de inteligência emocional, feliz a corporação que permite aos seus colaboradores este espaço de refazimento.

Pode ser embaixo da cama, talvez. Para a Alasca funciona.

Tudo tem seu ciclo e seu tempo de acontecer. Morar na cidade faz com que percamos essa sensação de ciclos porque tudo acontece o tempo todo. Em São Paulo, assim como em outras grandes metrópoles, qualquer coisa que você queira fazer ou comer é possível 24 horas por dia, 7 dias por semana. Comer uma pizza, fazer academia, comprar, arrumar os cabelos ou ir ao petshop.

Sou de um tempo onde o mercado funcionava de sábado apenas até as 12 h. Os restaurantes abriam no horário comercial, assim como cabeleireiros, manicures e lojas. Não havia shoppings, as compras eram feitas nas lojas de rua (saudosa Marechal Deodoro em São Bernardo do Campo). Alguém se lembra da rota do frango com polenta no Demarchi?

Aos domingos, a cidade e seus habitantes descansavam. Era dia de ficar em casa, ir à igreja e ao cinema, em salas monstruosas como era o Cine Vitória 1 em São Caetano ou o Tangará em Santo André. Mas, especialmente, era dia de estar com a família. Sim, há saudosismo nestas palavras e, sim, passei dos 50 anos.

Mas esta reflexão, baseada no ciclo rural, é que aprendemos que o corpo e a vida de cada um de nós tem seu próprio ciclo, seu próprio tempo. Tentar acompanhar o ritmo ditado pelos outros e pela cidade nos adoece, estressa, favorece a ansiedade e nos leva a viver ciclos e tempos que não são nossos.

A internet e o home office são ferramentas maravilhosas para que cada um possa voltar a prestar atenção e respeitar seu próprio tempo, seja de dormir , comer, descansar e aprender. Mas o aprendizado passa pelo autoconhecimento e autopercepção acerca destes ciclos. Coisa que não aprendemos e não ensinamos aos nossos filhos.

A semente tem a hora certa de ser plantada, agora, começando a estação das chuvas, a roça se movimenta em direção ao plantio. A alta temporada de turismo passou, as pessoas se voltam para si mesmas e suas propriedades, no plantio, no trato com o gado e os cavalos. Os consertos são feitos, as construções e reformas se fazem presentes prevendo o próximo ciclo. Os restaurantes estão mais tranquilos e as ruas mais vazias.

Começa a chover agora e deve ir até março, se o aquecimento global permitir. A natureza sorri de alegria. Os pássaros fazem festa, os pastos voltam a ficar verdes. Árvores, flores e animais parecem mais felizes com a primavera.

È um enorme desafio encontrar, em si, o próprio ciclo. Maior desafio ainda é ser capaz de respeitá-lo em meio a tantas exigências do mundo contemporâneo.